quinta-feira, outubro 30, 2014

Ver + ouvir:
Young Fathers, Get Up



São notícia porque esta noite foram consagrados como os vencedores da edição 2014 do Mercury Prize, o prémio mais "mediatizado" da indústria discográfica britânica. São escoceses e cruzam vivências indie e hip hop num terreno que, pelos vistos, sabe dialogar. Soa um bocado a TV on The Radio, o que nem é nada má referência... Vejamos para onde a coisa pode ir depois de devidamente assimiladas as referências e afinidades.

Quanto ao prémio?... É um prémio. Nos tempos em que havia lojas de discos pelas ruas, faziam-se uns cartazes e promovia-se a coisa. Agora dão-se uns "likes", partilham-se uns telediscos e na semana que vem fala-se de outra coisa. Fica o galardão. Fica o currículo. Mas é do trabalho futuro da banda (e do entusiasmo que saiba causar) que viverão os seus próximos capítulos. O prémio em sim, hoje em dia, quase não vale nada.

Em 2013? Foi James Blake quem ganhou, com o seu segundo álbum. Mas pela história do Mercury Prize tanto passaram discos de nomes que de facto fizeram carreira - como os Primal Scream, Portishead, Pulp ou PJ Harvey - como outros que, passado o encantamento fugaz do ano de glória (e até mesmo bons discos gravados), vão já a caminho do esquecimento. Badly Drawn Boy, Talvin Singh... Onde andam eles?...