terça-feira, janeiro 21, 2014

Matthew McConaughey, aqui e agora (1/2)

A performance de Matthew McConaughey em O Clube de Dallas, de Jean-Marc Vallée, é uma daquelas proezas capaz de sustentar, em termos dramáticos, todo um filme. E também de nos levar a reavaliar o trajecto de um actor — este texto foi publicado no Diário de Notícias, com o título 'O renascimento de um actor', integrando um dossier sobre o filme.

Matthew McConaughey está longe de ser um principiante (nasceu em 1969 e anda nestas coisas dos filmes desde o começo da década de 90), mas pode dizer-se que os dois últimos anos correspondem a uma revelação, ou melhor, um renascimento. Para além de O Clube de Dallas, vimo-lo em The Paperboy – Um Rapaz do Sul, contracenando com Nicole Kidman, Mud/Fuga, um caso exemplar da produção independente, e O Lobo de Wall Street, sob a direcção de Martin Scorsese.
Na bolsa de apostas para os Oscars, ninguém imagina que ele possa não ser nomeado por O Clube de Dallas (ganhou o Globo de Ouro de melhor actor/drama) e, na actual conjuntura, muitos encaram-no como um candidato com mais hipóteses que Leonardo DiCaprio (O Lobo de Wall Street). Seja como for, parecem superados os tempos em que algumas das suas escolhas de carreira, em tom mais ou menos cómico, terão sido, no mínimo, pouco felizes... Quem se lembra de Como Perder um Homem em 10 Dias (2003), Como Despachar um Encalhado (2006) ou O Tesouro Encalhado (2008)? Até mesmo os títulos portugueses parecem contar uma história que não prima pela originalidade...
Com ou sem Oscar, McConaughey tem a sua carreira relançada. Em 2014, iremos reencontra-lo no novo projecto de Christopher Nolan, Interstellar, ao lado de gente tão talentosa como Anne Hathaway, Jessica Chastain, Michael Caine e Ellen Burstyn.