terça-feira, janeiro 31, 2012

Nos 75 anos de Philip Glass


Philip Glass nasceu em Baltimore a 31 de janeiro de 1937. Feitas as contas, faz hoje 75 anos. A “festa” está marcada para mais logo, no Carnegie Hall, com um concerto pela American Composers Orchestra, dirigida por Dennis Russel Davies, naquela que será a estreia da sua Sinfonia Nº 9. No programa será ainda ouvida Lamentate, uma obra recente de Arvo Pärt. Uma gravação desta Sinfonia foi entretanto hoje lançada para venda exclusiva no iTunes.

Na verdade as festividades já começaram a 3 de janeiro, com a estreia da mesma sinfonia em Linz, na Áustria. E esta semana, em Nova Iorque, músicos como o Kronos Quartet, Foday Musa Suso ou Zack Glass (filho do compositor) juntaram-se no Poisson Rouge, em Nova Iorque, para uma noite de tributo que cruzou a música de outros nomes com a de Philip Glass. Entre as suas obras evocadas conta-se um excerto de As Horas, o mais recente Pendulum (para violino e piano) e o arranjo para cordas que Glass criou para Don’t Think Twice, It’s Alright, de Bob Dylan (a integrar no álbum da Aminstia Internacional a lançar a 6 de fereveiro).

Nova Iorque não fica contudo por aqui num 2012 que celebra os 75 anos de Philip Glass. De 23 a 26 de fevereiro, o Armoury (em Park Avenue) acolhe um programa que inclui, no primeiro dia, obras de Glass com poesia de Allen Ginsberg como Hydrogen Jukebox, a Sinfonia Nº 6 – Plutonian Ode e a estreia de Kadish, esta peça a ser interpretada pelo guitarrista Bill Frisell. O segundo dia apresenta Philip Glass e Patti Smith juntos, uma vez mais com poemas de Ginsberg. A terceira noite propõe a interpretação integral de Music In 12 Parts pelo Philip Glass Ensemble e, na quarta, ouve-se Another Look At Harmony (Part 4).



Imagens de um pequeno filme promocional do concerto desta noite no Carnegie Hall. Philip Glass fala aqui sobre o seu trabalho como compositor de sinfonias e também do facto de fazer 75 anos. Sobre a idade diz que "75 anos costumava ser uma idade avançada para um compositor mas o Eliott Carter [que nasce em 1908 e está ainda ativo] faz-me sentir como se fosse um jovem". No mesmo filme elogia ainda o talento que reconhece na nova geração de compositores.