domingo, agosto 30, 2009

Minimalismo, a solo (e ao piano)

Tem 40 anos e uma carreira que evolui em três frentes: como pianista, como compositor e ainda como promotor de concertos. O holandês Jeronen Van Veen começou cedo a estudar piano.Em 1992 estreou-se em disco, em conjunto com o seu irmão, formando o Pianoduo van Veen. A obra dos minimalistas morou desde cedo entre os seus interesses, chegando ele mesmo a seguir as suas linguagens na música que compõe. Minimal Piano Collection (edição da Brilliant Classics) é uma caixa de nove discos nos quais o pianista interpreta uma vasta série de peças para piano solo de uma série de compositores minimalistas. Originalmente compostas para piano solo ou fruto de transcrições para piano, as obras que aqui se juntam ajudam a arrumar algumas etapas importantes na história da música minimalista. Philip Glass é o evidente protagonista, ocupando a sua música três 3 CDs, entre os quais encontramos obras para piano que originalmente gravou em Solo Piano e Glassworks, transcrições para piano da música de As Horas e outras peças como Modern Love Waltz, How Now ou a Trilogy Sonata. De nomes igualmente centrais à construção deste espaço contam-se peças como China Gates de John Adams, Für Alina de Arvo Pärt ou In C, de Terry Riley. Estão ainda representados Michael Myman, Wim Mertens, Yan Tiersenn e uma série de compositores menos divulgados, entre os quais o próprio Jeronen Van Veen. A caixa inclui ainda peças que, mesmo anteriores ao minimalismo, reflectem noções que esta música depois explorou. Aqui em concreto evocam-se compositores como John Cage ou Erik Satie.